O nono nível do Ministério, aos olhos leigos parecia somente um andar transitório que servia de hall para as magníficas escadas, de tons escuros, que davam acessos ao último nível do prédio ministerial, onde se localizavam os Tribunais da Suprema Corte. Mal sabem os olhos leigos, o que simples paredes de pedras podem esconder, e aqueles que guardam os segredos dos mistérios escondidos por detrás das cortinas seus nomes não pronunciam, permanecem assim, inomináveis. Passam pelas paredes como fantasmas e de repente estão em seu lugar de trabalho, ali tem nomes, entre si, são conhecedores de si, desconhecidos do mundo. Tais como as paredes escuras que os envolvem, como os mistérios que protegem, agem na surdina, mantém a segurança, revelam perigos, guardam segredos, há coisas feitas para jamais irem a tona, e os inomináveis dos mistérios, são especialistas nisso. Seus conhecimentos e seus métodos de investigação, aliam o mágico, o macabro, o humano, o misterioso, o obscuro, resulta numa exatidão singular. Há segredos não revelados, presente, passado, futuro, guardados logo após as portas jamais identificadas, só aqueles que convivem com segredos, viram segredos e se tornam parte do mundo deles.

Não se sabe se ali há mesas, cadeiras, ou tapetes que flutuam, o mistério é que cerca aquele ambiente secreto do ministério é incrível. Talvez nunca tenha uma forma fixa, talvez porque o segredo se tornaria descritível. Exato, a forma do interior do departamento de Mistérios muda diariamente, a cada turno, as coisas permanecem organizadas em suas constantes mudanças, há coisas que só mistérios e misteriosos entendem entre si. E dentre palavras confusas, segredos de estado, tempos da história e personagens sem nomes, vive o Departamento de Mistérios do Ministério da Magia, poucos sabem que existe, poucos não tem nome, são inomináveis, apenas poucos.