Meu primeiro dia na Escola depois da festa para selecionar qual casa entraríamos. Não foi nada como eu esperava, foi dez mil vezes melhor. Acordei tarde, pois fiquei aproveitando a vista de meu dormitório na Comunal Corvina. Vaguei, vaguei pelo Castelo que ainda estava com poucas pessoas e acabei por parar no Saguão de Entrada. Observei o movimento e a decoração, enquanto procurava alguém legal para conversar.

Hum, uma garota. Até que enfim alguém para conversar. Ela aparentava ser uma Lufana ou Grifina, já que as características dessas duas casas eram bem arecidas. Alexia, como se apresentou, estendeu a mão para mim, que fui educada e a apertei. Oi. Meu nome é Valenttina Alecssander. Prazer ^^ Quis preservar o meu sobrenome Salvatore, pois é de uma tradicional família estaduniense, e todos me babariam pelo fato de eu ser rica. Dirigi-me a menina outra vez, desta, para perguntar em qual casa ela se encontrava. Lufa ou Grifinória?

Pelo jeito, Lexia não percebeu de quem eu era filha ou de onde eu vim. Se ela perguntasse, eu tentaria disfarçar, não gosto de mentir, mas é para o bem de nós duas. A movimentação no Saguão era terrível, nem uma mosca voava por ali. De vez em quando um professor aparecia, mas nada de mais. Grifina? Sim, eu acertei. Lembrei-me de repente que eu deveria ter caído na Grifinória. Sou uma animaga, tenho as caracterísicas de tal...mas sou mais a Corvinal. Nenhum precoceito, só gosto mesmo. Grifa? Legal *-* Sou da Corvinal, muito orgulho também! Caimos na risada, mesmo sem a 'piada' ter tido graça ou afins. Você é da onde?

Ela não devia lembrar direito, às vezes dava um branco em mim também. Mas naquela hora não precisei remoer a memória para lembrar-me. E não precisaria mentir, não daria pistas tão facéis assim. Sou de Chicago, EUA também. O sotaque britânico me incomoda as vezes, com você, o mesmo? Sinceramente, prefiro o Inglês dos Estados Unidos, mais rápido e abreviado. Mais...jovial, sabe? Me sentei no chão mesmo, minhas pernas estvam quase cedendo de tanta dor. Fiz um gesto com a mão, convidando Lexia para vir sentar-se comigo.

Estava bem difícil achar amigos da mesma casa de você, parecia que só exitia uma pessoa de cada casa ali. Olhei para trás, pensando ouvir passos, mas era apenas um ratinho. Infelizmente, ainda não. Você já? Ratos...lembravam-me minha forma animaga, gatinha angorá. Ai que vontade de brincar com aqueles pobres bichinhos. é, eu ia mesmo. Acho que você não sabe, eu sou...bem, uma animaga ilegal. Tenho que ir, tchau. Falei sussurando para ninguém saber, e antes de mais perguntas de Alexia, me transformei em Gato e sai corendo a procura do rato.

Saio do local.